Procuradores

Os gaúchos conhecem bem um procurador da República que faz palestras em eventos sobre direitos humanos, meio ambiente e conquistas sociais ameaçadas. Tudo de graça.
Já ouvi muitas dessas palestras e já sentei com muita honra ao lado desse procurador, que tem a admiração dos defensores das liberdades e da democracia.
Cheguei a pensar que não deveria dizer seu nome, para não confrontá-lo com os descaminhos de colegas do Ministério Público da Lava-Jato, mas vou dizer, porque todo mundo sabe de quem se trata. Chama-se Domingos Sávio Dresch da Silveira.
Um procurador (e professor da UFRGS) que tira o Ministério Público das suas caixinhas e vai aonde está o debate público, amplo, aberto, gratuito.

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LAVA-JATO TABAJARA
Este é um dos trechos mais comprometedores (e vergonhosos para o Ministério Público) das mensagens de Dallagnol divulgadas hoje pela Folha.
É quando ele sugere a criação de um instituto para que ele e seus colegas de Lava-Jato possam cobrar altos cachês em palestras.
“Se fizéssemos algo sem fins lucrativos e pagássemos valores altos de palestras pra nós, escaparíamos das críticas, mas teria que ver o quanto perderíamos em termos monetários”.
Estava aí a ideia da tal fundação com os R$ 2,5 bilhões da Petrobras, ou já seria outro projeto? Um instituto que pagaria cachês para seus criadores. Dallagnol e Queiroz eram máquinas de fazer dinheiro.

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ENTÃO PODE
Elio Gaspari diz hoje na Folha que Eduardo Bolsonaro pode ser embaixador em Washington, porque Oswaldo Aranha, que não era diplomata, ocupou o cargo no governo de Getúlio.
E Oswaldo Aranha, pelo que se sabe, nunca fritou hambúrgueres nos Estados Unidos. Então está liberado.
(Gaspari esqueceu de dizer que Oswaldo Aranha também foi ministro da Fazenda e presidiu até uma sessão da ONU. E talvez tenha esquecido o mais importante: Aranha participou de uma guerra de verdade, quando foi ferido, e de uma revolução, e não de guerras com arminhas de dedo.)