ROMÁRIO ERA UM FALSO FRASISTA

Vi o vídeo da briga de Romário com Paulo Rocha no Senado. E me lembrei do grande frasista que era Romário quando jogava futebol.

Me lembro de Abel Braga dizendo, há muito tempo, a alguém de Zero Hora que Romário era o cara, que ele gostaria de ter o talento do baixinho para largar frases inteligentes.

E aí Romário virou senador, e as frases desapareceram. Agora, na briga de hoje, ele não diz nada com nada.

O jogador atrevido, transgressor, virou um político medíocre, reacionário, ligado ao bolsonarismo carioca.

As suspeitas são de que Romário tinha frases prontas que eram repassadas a ele, por encomenda, por um bom assessor, um sujeito espirituoso.

Quando ia para confrontos com jornalistas ou daria declarações depois dos jogos, ele tinha uma frase pronta para cada assunto previsível.

Vê-se agora que Romário era um grande jogador, mas talvez não tenha sido um frasista, ou ele perdeu o brilho.

Se fosse frasista mesmo, depois da briga com o colega do PT Romário poderia ter dito algo assim sobre os tempos terríveis da era bolsonariana:

“Este povo está vivendo uma época de pouquíssimo amor. O ódio é mais promovido do que marca de refrigerante”.

Mas as frases são de Nelson Rodrigues, esse sim um frasista, e saíram em janeiro de 1968 em O Globo. Era, como agora, uma época de pouco amor e muito ódio.

(Abaixo, o link para o vídeo da briga)

https://www.youtube.com/watch?fbclid=IwAR0I1fh3N6fG-UgpIkqzl0hivYdgY_cBGSDGG_lo7tIvZ6kJSzcfHZgIQxw&v=n0GRQk6GYuk&feature=youtu.be

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