Festa pela metade

As primeiras impressões depois da eleição:

1. A festa da vitória no Brasil todo (e em Porto Alegre em especial) me pareceu sem vitalidade. Em algumas cidades durou uma hora. A exceção é o Rio, a terra do candidato, mas o Rio está sempre em festa.

2. O bolsonarista de raiz, eleitor fiel desde o começo, ainda vai comemorar a vitória por um bom tempo. Mas o bolsonarista oportunista, o antipetista do MDB e do PSDB, principalmente os tucanos históricos que embarcaram na última hora, vão entrar em período de ressaca já a partir de amanhã.

3. A ficha vai cair para muita gente antes mesmo da posse. Os bacanas do Parcão, que só votaram em Bolsonaro para impedir a volta do PT ao governo, ficarão sem pai nem mãe. Esses terão mais do que ressaca, terão depressão pesada.

4. Sem objetivo nos próximos meses, antipetistas impulsivos, que se agarraram a Bolsonaro como ressentidos e vingativos, sem qualquer simpatia pelo candidato, passarão a girar sobre o próprio corpo e a morder a própria cauda.

5. Pela primeira vez vi o discurso (de improviso) de um derrotado ser mais interessante do que o discurso (escrito) do vitorioso.

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