UM PAÍS EM SURTO

A bolsa sobe e o dólar cai. É a turma do dinheiro comemorando enlouquecidamente a pesquisa manipulada sobre a eleição.

Se eu ainda estivesse indeciso, tudo o que não faria é votar em candidato que dá alegria ao mercado financeiro.

Mas tem gente sem qualquer relação com esse mundo que comemora junto com os bacanas dos bancos e das financeiras, como se aplicasse na bolsa, tivesse negócios em dólar e fizesse parte dos endinheirados.

Gente que é explorada pelos financistas que soltam foguetes pelo ‘crescimento’ do sujeito aquele. Gente que perdeu tudo com o golpe e não tem nada, nem em reais, que dirá em dólares.

Não tem emprego, perdeu direitos trabalhistas e daqui a pouco não terá nem aposentadoria nem SUS. Tudo o que essa gente tinha será privatizada.

Mas esse pessoal vota com a extrema direita, porque se considera amigo dos investidores da bolsa. Tem muita gente de classe média remediada que só falta fazer contas sobre o que vai ganhar com a alta das ações da Havan e da Riachuelo.

Tem desempregado de classe média e tem pobre entrando em estado de miséria pagando R$ 5 pelo litro da gasolina e comemorando a alta das ações da Petrobras na bolsa.

Desembolsam R$ 80 pelo botijão de gás e comemoram a performance da Liquigás na Bovespa junto com os jornalistas fofos.

Tem brasileiro empobrecido pelo golpe que comemora até o crescimento das ações da Taurus, porque um dia os armamentos estarão liberados e ele será dono de um revólver.

Poderá matar ou ser morto pela arma de uma empresa com alta valorização.

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