A AZEITONA PRETA

O jornalista José Hamilton Ribeiro conta ter descoberto depois dos 70 anos que não existe uma variedade de azeitona preta. Que a azeitona preta só é assim porque passa por um sistema diferente até a maturação. É uma azeitona verde que ficou preta.
Foi outro jornalista, o Ricardo Kotscho, quem se encarregou de desfazer a ilusão de que ele comia azeitonas pretas especiais, as melhores azeitonas pretas produzidas nas mais belas oliveiras de Minas.
Hoje pela manhã finalmente descobri que não existe benefício nenhum no rodízio de pneus dos carros, muito menos no tal rodízio cruzado em X. E muitos entendidos recomendam que não se faça, porque o prejuízo pode ser maior.
Eu e meu novo amigo especialista em pneus constatamos que vivemos também dessas descobertas tardias, muitas inúteis, outras devastadoras.
Recentemente descobrimos que um país pode ser governado por um sujeito denunciado como chefe de quadrilha, enquanto um ex-presidente pode ser preso a qualquer momento porque foi condenado sem provas e porque poderia voltar a ser eleito.
Ficamos os dois olhando os pneus e pensando na precisão das ciências da geometria e do balanceamento e nos mistérios da azeitona preta.
Para fechar essa história, eu poderia dizer que a ‘democracia’ inventada pelo golpe é como uma azeitona preta, mas aí estaria ofendendo os que se dedicam a produzir uma coisa tão boa.
A democracia brasileira está mais para rabanete. Mas aí também ofendo o rabanete.

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