A hora de fazer História
O levante contra o fascista transfóbico Nikolas Ferreira pode ser histórico e estabelecer um marco na luta contra machos agressores impunes.
Mas precisa ir além das repetitivas notas de abaixo-assinado. Precisa de presença física ostensiva, assertiva, impositiva de mulheres e LGBTQI+ em Brasília.
Precisa da força atemorizadora das mulheres que não se encolhem, do grito de milhares de Marias do Rosário e Anas Paulas Renaults.
A Câmara deveria ser tomada por elas na semana que vem, ou não acontecerá nada.
Todos os cassados foram fragilizados politicamente por seus desmandos e abandonados por suas turmas no Congresso.
Câmara e Senado se livram de incômodos e estorvos, como se livraram de Delcídio do Amaral, Eduardo Cunha e Demóstenes Torres.
Cassar Nikolas Ferreira é criar uma trava decisiva para a contenção do fascismo representado pelo deputado.
Chamá-lo de moleque é elogio. O sujeito também não é mais um bolsonarista folclórico.
Não vamos nos enganar. Ele é a maior expressão da nova geração da extrema direita. Carluxo é um amador diante desse fascista mineiro.
Nikolas não pode se sentir protegido pelo Congresso. Coloquem a batata quente no colo de Arthur Lira.
Não dá para se contentar com abaixo-assinado. Brasília precisa ser retomada depois da invasão dos terroristas.
É agora ou o cara vai continuar discursando de peruca, debochando e agredindo.
As vozes mobilizadoras das mulheres, de LGBTQI+ e dos que lutam pelas liberdades sabem que é hora de fazer História.
Sem pressão, não vai acontecer nada!
Na década de 1990, Genoíno se esforçou para cassar o recém chegado inominável. Seus pares não o acompanharam. Deu no que deu.
Hoje, é imperativo que esse fascista seja cassado e, depois, ainda encare a Justiça (apesar de a nossa ser O que é) COMO cidadão COMUM da pior estirpe, não como um pós adolescente e, muito menos, como deficiente mental, porque ele não é nenhuma dessas opções. É tão-somente um sujeito mau mesmo, assim como seu mito inspirador!