A RESISTÊNCIA DAS MULHERES
O que Zoravia Bettiol e Helena Carvalho têm em comum, nesses tempos de retomada das esperanças? A capacidade de acreditar na democracia e brigar para que volte a ser plena.
Zoravia é a nossa grande expressão das artes plásticas, a nossa artista maior. Helena mora na prainha de Copacabana, em Belém Novo, onde é dona do bar Bela Vista. Conheci Helena e convivo com ela nos encontros que o Pachecão, o Kako (na foto) e dona Célia fazem há décadas no galpão dos Pacheco em Belém.
E encontro Zoravia em quase todos os eventos contra o golpe e o fascismo. Só não a encontro em todos, porque ela sim vai a encontros que eu nem sempre vou.
Zoravia assumiu a frente da luta contra o golpe desde antes do impeachment. Sua arte está engajada à resistência. Onde houver uma turma resistindo, lá está Zoravia. Fiz esta foto com ela no dia do lançamento do movimento 3D (Democracia, Diálogo e Diversidade), na semana passada na Assembleia. A arte com as cores de Zoravia está no 3D.
E a líder comunitária Helena estava um pouco desencantada com a política. Não está mais. Me disse esses dias, na beira do Guaíba, que voltou ao bom combate com a mesma vontade que teve anos atrás. Volta a ser militante ativa pela democracia plena.
Me sinto bem na foto com essas mulheres fortes e ao lado do meu irmão Kako Pacheco. Sabemos que os jovens e as mulheres irão derrotar o golpe.
Quando estiver em dúvida, se é que vou estar, sobre ir adiante ou titubear, eu seguirei em frente porque Zoravia e Helena, cada uma a seu modo, me empurram para a luta.
