AS PERGUNTAS QUE A IMPRENSA DESPREZA
Uma das perguntas feitas pelo Brasil 247 sobre o caso da fakeada envolve mais uma coincidência, desta vez com um clube de tiro.
A vida dos Bolsonaros é conduzida por todo tipo de coincidência. Ronnie Lessa, o assassino de Marielle Franco, era vizinho de Bolsonaro no condomínio Vivendas da Barra, na barra da Tijuca.
Élcio Queiroz, também acusado de participação no crime, frequentava o condomínio e postava fotos ao lado de Bolsonaro.
Adélio Bispo, o autor da facada em Juiz de Fora, frequentava o Clube e Escola de Tiro .38, em São José, na Grande Florianópolis, onde esteve dois meses antes do atentado.
Carlos Bolsonaro, o Carluxo, frequentava o mesmo clube. Por que em Florianópolis?
A grande imprensa nunca saiu atrás de explicações para essas coincidências. Porque, como diz hoje José Henrique |Mariante, o ombudsman da Folha, o jornalismo deve dar o caso por encerrado.
A grande imprensa só queria explicações para os casos lavajatistas da caçada a Lula.
___________________________________________________________________
BARRADO NA ONU
Bolsonaro chega na portaria da ONU e o guardinha ergue o braço e avisa:
– Daqui o senhor não passa.
– Sem vacina?
– Não, sem focinheira.
E alguém abre uma mochila e coloca a focinheira, onde se lê que é certificada pela Anvisa.
Bolsonaro meio que reclama, resmunga, mas é convencido a colocar a focinheira.
– É melhor que usar máscara, papai – diz Carluxo.
A comitiva entra, em passo militar, Bolsonaro dá uma risada nervosa, olha para Augusto Heleno, ajeita a focinheira e diz:
– É bem capaz que vão me barrar.
Esparramam-se pelos corredores da ONU as gargalhadas de Michel Temer e Naji Nahas e o risinho delicado de Roberto Dávila.
(A caricatura de Bolsonaro com a focinheira é, para rimar, do Aroeira)
O objetivo do documentário está sendo atingido: fazer as pessoas pensarem de forma sofisticada, não apoiadas em discursos superficiais.