AS TRAGÉDIAS, A REPÓRTER E OS JOVENS

Cristina Serra é uma baita repórter. Quem quiser entender o que aconteceu de novo em Minas deve ler Tragédia em Mariana (Record).
Nesse livro ela antecipa o que poderia voltar a ocorrer, do mesmo jeito, com as mesmas omissões.
Na Feira do ano passado, Cristina esteve em Porto Alegre para contar o que viu no que era até então, antes do horror de agora em Brumadinho, a maior tragédia ambiental do Brasil.
A jornalista foi trazida para um debate na Feira pelo meu amigo Marco Estivalet, colega de Cristina no tempo em que trabalharam na Globo.
Pois digo agora o que não disse depois do evento, quando fiz essa foto com a Cristina na sessão de autógrafos. A sala da conversa no Clube do Comércio tinha as mesmas pessoas de sempre, as mesmas interessadas em ambientalismo, o que não é novidade.
Estavam lá veteranas e veteranos e, misturados a eles, uns dois ou três jovens. Os jovens que lamentam o que acontece agora em Brumadinho e acusam o mundo dos velhos pela morte de gente, de bichos, de rios e de matas não querem nada com o assunto.
A maioria chora porque é mesmo de chorar, mas sem entender o que se passa nesse mundo da sustentabilidade ambiental que se distancia deles por motivos a serem ainda bem explicados.
Por que os jovens não se ligam mais à questão do meio ambiente? Podem me chamar de velho rançoso. Eu aceito. Mas me expliquem.
(Só não me venham com as exceções, porque exceção há em toda parte, inclusive no inferno.)

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