Casualidade?

Uma ofensa a um dos maiores símbolos mundiais da luta contra déspotas e ditaduras.
A notícia da morte de Mário Soares, agora no Jornal Nacional, foi lida por Alexandre Garcia.
Soares foi um bravo na conquista da democracia em Portugal. Garcia foi um dedicado serviçal da ditadura no Brasil, como porta-voz de João Figueiredo.
A memória de Mário Soares não merece.

One thought on “Casualidade?

  1. João Figueiredo não foi, realmente, um bom governante. Figura folclórica e caricata, dizia preferir o cheiro de cavalo ao cheiro de gente. Quando assumiu a presidência, em Março de 1979, um trecho do seu discurso dizia “… hei de fazer desse país uma democracia”, seguindo a estratégia da abertura lenta e gradual imaginada por Geisel, seu antecessor. E conseguiu, apesar da grave crise econômica, e dos atentados de direita, como o escandaloso caso do Riocentro. Mas Figueiredo foi, também, o responsável pela anistia política, fato pouco lembrado pelos representantes da nossa esquerda. Nomes como Brizola, Jose Dirceu, Franklin Martins, e outros menos significativos, passaram a gozar dos benefícios do perdão presidencial, assim como os torturadores psicopatas e assassinos que agiram em nome da legalidade. Os que lutaram pela derrubada da Ditadura de Direita, na expectativa de impor ao Brasil a Ditadura do Proletariado, aos moldes de Cuba, que os financiava, seriam recompensados futuramente com gordas indenizações, e lembrados com gratidão pela Comissão Nacional da (Meia) Verdade. Os torturadores psicopatas e assassinos retornariam aos seus empregos formais de origem, como se nada tivesse acontecido. As vítimas inocentes dos atos terroristas, para a Comissão Nacional da (Meia) Verdade, jamais existiram.

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