Estadão camufla o líder da extrema direita na Câmara

Uma notícia do Estadão, essa semana, omite detalhe importante, que deveria estar no início do texto. Esta é a notícia:

“O hacker Marcos Roberto Correia da Silva, preso pela Polícia Federal, suspeito de vazar informações de milhões de brasileiros, no que é considerado o maior episódio do tipo no Brasil, gravou um vídeo a pedido do deputado federal Filipe Barros (PL-PR) em que afirma que conseguiria “invadir o sistema eleitoral” e “manipular tudinho”.
A gravação foi feita pela equipe do parlamentar em 2021, dentro do presídio no qual o cibercriminoso cumpria prisão preventiva.
Na ocasião, o deputado mandou uma equipe ao local para que o preso falasse sobre as supostas habilidades de invadir o sistema da Justiça Eleitoral. A equipe fez o preso assinar um documento atestando que a entrevista foi espontânea e concordando com a gravação sem a presença do advogado. No papel, não consta o nome de Barros.
O deputado federal Filipe Barros (PL-PR) foi relator da chamada PEC do voto impresso, arquivada pelo plenário em 2021”.

O que o Estadão não diz é que Filipe Barros é o líder da oposição na Câmara. Barros, ativista de extrema direita, tem posição de destaque no Gongresso.

Mas o Estadão não faz questão de destacar essa informação. O deputado que usou o hacker para sabotar a eleição senta-se na cadeira de líder da direita e da extrema direita na Câmara. É um dos parlamentares mais fiéis à família Bolsonaro.

Barros foi quem vazou para Bolsonaro em 2018, com a ajuda de um delegado, detalhes das investigações da Polícia Federal sobre a farsa de que é possível invadir as urnas eletrônicas usadas na eleição.

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