Mortes

Li durante muito tempo, por força da profissão, coisas úteis e inúteis sobre economia e administração. Li muita bobagem. E claro que li Peter Drucker, o pai da administração moderna, que tem receitas válidas até hoje de como tocar uma empresa.

Não é uma referência importante para mim, mas é um cara que tem o mérito de ter decifrado a alma das grandes empresas. Uma das coisas que ele diz é que, antes de morrer como coisa econômica, pelo esgotamento de esforços na busca de resultados, uma corporação pode morrer moralmente.

O pior para uma empresa que durou décadas, às vezes séculos, e que aos poucos se esvai não são as falhas de gestão de projetos, produtos e clientes. O problema maior não está no dinheiro, mas na incapacidade de levar adiante com dignidade os sonhos coletivos construídos a muito custo.

Uma empresa que morre moralmente – matando a história, a marca, a imagem e a reputação antes de morrer economicamente – tem a pior de todas as mortes.

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