NOTÍCIAS MILITARES
O presidente do STM (Superior Tribunal Militar), general Luis Carlos Gomes Mattos, mantém intensa agenda de viagens por toda parte, bancadas com diárias para ele e para seus assessores. Os gastos com diárias e passagens aéreas dele e de assessores, incluindo sua chefe de gabinete, somaram R$ 235 mil em um ano. Foram 22 viagens, média de um deslocamento a cada 17 dias. Mattos é aquele general que debochou das torturas sofridas por Miriam Leitão na ditadura. O general viaja para inaugurações, inspeções e visitas a bases militares. E também passa fins de semana no Rio, com diárias pagas por todos nós.
Duas empresas e 163 militares são investigados por fraudes em contratos de compras fraudadas e superfaturadas de alimentos para as Forças Armadas no Rio Grande do Sul. São 18 os militares suspeitos de enriquecimento ilícito. Os contratos investigados envolvem mais de R$ 25 milhões. Os delatores, o dono e a gerente de um grupo empresarial, admitiram desvios em contratos com 65 quartéis do Exército e da Marinha. As fraudes começaram em Bagé, a terra da Gangue do Relho. Ninguém divulga os nomes dos integrantes das quadrilhas de civis e fardados.
O tenente-coronel da PM Marcelo Tasso foi preso com 78 quilos de ouro em um avião particular na cidade de Sorocaba, interior de São Paulo. Ele atuava na Casa Militar do Palácio dos Bandeirantes e foi detido na quarta-feira. Tasso estava acompanhado por outros três policiais militares, que fariam a escolta da carga. O ouro, avaliado em R$ 23 milhões, pertence ao empresário Dirceu Frederico Sobrinho, filiado ao PSDB, que em 2018 concorreu como primeiro suplente do senador Flecha Ribeiro, pelo Estado do Pará.
Dormem em gavetas do Ministério Público os inquéritos abertos a partir do relatório da CPI da Covid, que pede o indiciamento de 10 militares, incluindo dois generais, Braga Netto e Eduardo Pazuello, o tenente Jair Bolsonaro e quatro coronéis. Alguns dos denunciados pela CPI estão envolvidos com as quadrilhas que tentavam vender vacinas ao governo. Outros são participaram dos esquemas da cloroquina. E a maioria participou da sabotagem à imunização. Os inquéritos passam bem.
Anuncia-se em Brasília que vem aí um golpe. Mas ainda estamos à espera de mais informações. Poderemos voltar a qualquer momento.
A grande mídia não falar nada sobre isto nem me espanta, afinal, estão no papel de preservação deles. O que me espanta são os militares honestos se calarem sobre todas as denúncias, processos e suspeitas sobre as condutas destes militares. Ou será que n]ao existem miliatres honestos?