AGU pega dois gaúchos financiadores, mas os grandões podem escapar

Sheila Ferrarini, de Farroupilha, e Cesar Pagatini, de Bento Gonçalves, são os gaúchos na lista que a Advocacia-Geral da União (AGU) enviou à Justiça Federal com pedido de bloqueio de bens por suspeita de terem financiado as viagens a Brasília no 8 de janeiro.

Claro que eles foram flagrados e por isso estão encrencados. Mas é óbvio que tem gente maior ainda livre das ações da AGU e do Ministério Público.

Só que vai sobrar para esses dois e para outros patriotas que se expuseram e estão presos.

Os que ficaram na moita, e que estão acima desses dois, podem escapar, se não forem dedurados.

O estranho é que não aparece ninguém da famosa Gangue do Relho, o que desmoraliza essa turma como expressão do fascismo gaúcho.

Dos 1.398 presos, de um dos primeiros balanços das prisões, 105 eram gaúchos. Alguns foram soltos e outros foram presos mais tarde.

Este é o ranking original de patriotas presos por Estado, antes das liberações de idosos, mulheres e doentes:

São Paulo – 273 presos (19,5% do total)
Minas Gerais – 204 (14,6%)
Paraná – 132 (9,4%)
Mato Grosso – 105 (7,5%)
Rio Grande do Sul – 105 (7,5%)
Santa Catarina – 89 (6,3%)
Distrito Federal – 84 (6%)
Bahia – 70 (5%)
Goiás – 49 (3,5%)
Rondônia – 42 (3%)
Pará – 39 (2,8%)
Rio de Janeiro – 33 (2,3%)
Mato Grosso do Sul – 32 (2,3%)
Ceará – 25 (1,8%)
Tocantins – 20 (1,4%)
Espírito Santo – 18 (1,3%)
Paraíba – 15 (1%)
Alagoas – 13 (0,9%)
Maranhão – 11 (0,8%)
Pernambuco – 11 (0,8%)
Rio Grande do Norte – 9 (0,6%)
Piauí – 8 (0,5%)
Amazonas – 6 (0,4%)
Acre – 3 (0,2%)
Roraima – 1 (0,07%)
Sergipe – 1 (0,07%)
O Amapá é o único de todos os estados brasileiros que não teve nenhum preso.