Pobres pobres

Joaquim tem sete anos. Hoje, saímos a passear de carro, depois de semanas de ausência do avô relapso, por causa da eleição.
Mas Joaquim falou só um pouco de futebol e dos melhores jogadores do seu álbum de figurinhas do Brasileirão e logo trocou de assunto. E disse:
– Vô, posso dizer o nome dele dentro do carro?
– Dele quem?
– Daquele, tu sabe… 
– Claro que pode.
– Porque na rua eu sei que a gente não pode, nem no Facebook.
– Aqui tu pode dizer.
– Então… Eu sei de pobre que gosta do… e ele não gosta de pobre.
Eu só disse: pois é… E fiquei quieto, porque não tinha mesmo mais nada a dizer.

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