QUANDO OS JORNALISTAS SÃO ESQUECIDOS

Não há jornalistas na equipe de transição de Lula. Tem deputado, senador, ex-governador, educadora, ex-jogador de futebol, ex-jogadora de vôlei, músico, atriz, estudante, economista, engenheiro.

Mas o único jornalista com trajetória na área que vi até agora é Franklin Martins, que já estava na equipe de Lula.

Tem um esquecimento aí que é ao mesmo tempo uma mensagem. Esquecem o que não precisa ser lembrado.

O jornalismo é confundido hoje por parte das esquerdas com ativismo digital nas redes sociais, com twitismo, whatsismo, facebuquismo e instagramismo.

Rede social não produz conteúdo, rede social dissemina informações invariavelmente produzidas por jornalistas.

E o jornalismo resistiu com bravura ao fascismo, ao lado dos democratas, nesses quatro anos.

Sem jornalismo, não saberíamos nada dos rolos da família, das articulações para o golpe, das milícias, dos militares e dos crimes de outros agregados da extrema direita.