Reacionários tardios

O esforço da direita, incluindo os jornalistas tucanos-neutros-ou-imparciais, como Clovis Rossi, da Folha, para depreciar a imagem de Che Guevara é a prova de que o cara continua incomodando.
Não tenho Che como ídolo (meu único ídolo foi Alcindo, o maior centroavante do Grêmio). Mas sei respeitá-lo como referência para as esquerdas pela bravura com que lutou contra a direita latino-americana e seu poder de massacrar o povo, como continua massacrando. Che ainda é um vigoroso símbolo de resistência.
Mas Rossi diz na Folha, em tom de deboche, que Che é hoje apenas uma foto na camiseta. E escreve um texto gigantesco (não consegui ler a metade) para desmontar seu legado.
Mas como uma foto numa camiseta merece tanto espaço de um jornalista que poderia melhor ocupar seu tempo com a bajulação de alguém da direita?
O jornalismo brasileiro encerra seu ciclo das grandes redações e dos oráculos conservadores da pior forma possível. Alguém pode perguntar: mas pra que ler Clovis Rossi?
Leio este e outros da sua turma por curiosidade, para saber como alguém pode camuflar suas ideais durante décadas, para se revelar, depois de um golpe e ao fim da carreira, tão simploriamente reacionário.
Clovis Rossi é candidato a ter seu rosto estampado nas camisetas do pessoal da Paulista nas próximas passeatas dos paneleiros. Um dia ele chegará lá.

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