Sobre gravatas, colares e barras de ouro

Comprei a última gravata há mais de 30 anos, quando aprendi a fazer o nó inglês.

Comprar gravata é um gesto de alto risco.

Por isso ultimamente recomendo comprar, e pagar com cartão corporativo, especiarias no mercadinho de Brasília, onde uma lata de presunto irlandês custa R$ 56 mil.

E compre casas e apartamentos com dinheiro vivo, mas não compre gravatas.
Compre deputados do centrão, mas nunca compre gravatas, nem no Brasil, nem fora do Brasil.

Se estiver em Portugal, compre vinho do Porto e sardinhas, mas não compre gravatas.

Compre o silêncio de milicianos, mas esqueça as gravatas.

Use colares das arábias e dependure barras de ouro de pastores corruptos no pescoço, mas mas não use gravatas portuguesas.

Roube lençóis, móveis e joias, mas nunca mais compre gravatas.

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