Teremos uma semana de provocações

Na sexta-feira em que o marido e a extrema direita eram massacrados pela divulgação das provas dos muambeiros das joias, Michelle Bolsonaro foi ao restaurante de um shopping de Brasília com o maquiador.

A dupla foi provocada por pessoas que estavam no local (“cadê as joias?”), e o maquiador disse palavrões e jogou um copo com gelo em quem filmava a cena.

Dá para suspeitar que Michelle tenha buscado a exposição pública e, se possível, uma afronta que resultasse em briga.

Michelle e o acompanhante saíram para a rua no dia em que Bolsonaro era cercado por todos os lados, para criar uma situação de agressão, levar um tapa e desviar o foco das manchetes sobre o general e o filho coronel muambeiros?

Tanto que a mulher de Bolsonaro enfrenta as pessoas que perguntam pelas joias (vídeo abaixo). Não deu certo, mas poderia ter dado.

Por mais sem noção que seja, não é razoável pensar que Michelle e o moço tenham saído para almoçar fora, na sexta-feira em que toda a imprensa especulava sobre a possiblidade de prisão do marido dela, só para pegar um ar.

É o que vai se repetir na semana que vem. O fascismo terá de criar um fato novo, e um incidente com agressão é sempre um recurso à mão da extrema direita.

No sábado, a deputada estadual Lucia Marina dos Santos (PT-RJ), conhecida como Marina do MST, foi atacada por bolsonaristas em visita a Nova Friburgo, no Rio.

A deputada e outras pessoas são empurradas e expulsas do local onde era realizada uma plenária do mandato popular.

É a tática que se dissemina. Atos violentos tumultuaram a eleição no Equador e estão tumultuando o cenário político antes das prévias na Argentina.

O bolsonarismo vai investir em alguma coisa que desvie a atenção das joias. Teremos uma semana de provocações, em várias frentes.

Só há um jeito de dar uma invertida nos esforços do entorno de Bolsonaro para sair das cordas. Prender Bolsonaro logo.

O roteiro conduzido por Alexandre de Moraes não permite outro desfecho. Bolsonaro será preso porque precisa ser preso, ou o roteiro perderá sentido.

Não é uma questão de desejo, de torcida ou de vingança, mas de coerência. É o inevitável.

Bolsonaro solto destrói, desqualifica e desmoraliza tudo o que foi feito até aqui.

E agosto não falha.

4 thoughts on “Teremos uma semana de provocações

  1. Nada como ir almoçar, dar uma olhada nas vitrines das joalherias, depois dar uma passada rápida no motel para chegar em casa e ficar com o maridão. Essa Micheque paga tudo a vista mesmo. Será que o valdemar fica chateado?

  2. Aqui, cada dia uma nova notícia desse povinho barato e espera-se o dia acabar até chegar o seguinte com as “novidades” de qdo estavam no poder. Fico imaginando a Argentina se a extrema-direita vencer o que acontecerá. Parece que estamos próximos do fim.

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