UM PERU CHAMADO QUEIROZ

Estamos saindo para o Natal em Belém Novo. Com uma frustração. Descobrimos que o chester da Perdigão (que é melhor do que o peru, mas que chamamos de peru) não vem mais com o aviso do termômetro que salta quando fica assado.
Coloquei o ‘peru’ no forno e fiquei esperando pelo aviso do equipamento. Espiava pela vitrine do forno e não enxergava nada.
Quatro horas depois, como achei que poderia ter passado do ponto, decidi olhar de perto. O ‘peru’ havia encolhido, desidratado, quase queimado. A Perdigão retirou o sinalizador sem avisar.
O que se via pelo vidro era uma ave murcha, escurecida, sem expressão, sem viço.
Desistimos. Vamos comer arroz com passa de uva, porco e ovelha. O ‘peru’ desprezado e abandonado, que ninguém mais queria, foi apelidado de Queiroz.