ADIÓS, LUCIANO HUCK

Dizem que Luciano Huck seria o candidato da Globo. Mas, falando sério, não há como Huck pretender estar num cargo que seria o maior incômodo para os Marinho. O que eles ganhariam com isso, Huck e os Marinho?

Primeiro, a Globo não precisa de um subalterno para mandar no país. A Globo sempre teve prepostos obedientes e subservientes (ficamos sabendo que até mesmo na Justiça de primeira instância).

Os Marinho desentenderam-se com o jaburu. Mas já está tudo acertado com os prováveis candidatos da direita que poderão disputar para valer a sucessão do Quadrilhão. O jaburu foi acidente de percurso para a Globo, que um dia, quem sabe, iremos decifrar.

Um Huck candidato iria expor a Globo a um julgamento para além das redes sociais. Os rolos com a máfia do futebol chegariam à campanha. Estariam em todas as TVs. Sairiam das bolhas.

Imaginem Lula (ou Ciro Gomes) triturando Huck num daqueles debates em pé, em que o moço certamente iria dizer que poderia transformar o Brasil num grande auditório. E Lula e Ciro batendo nas propinas da Fifa. E Huck dizendo que não tem nada com isso.

Vamos supor até que ele vencesse a eleição, depois de levar muitas bordoadas. E daí? Como governar sendo o presidente eleito pela Globo? Como enfrentar os rolos? Como conciliar interesses dos outros canais de TV?

A Globo viveria num inferno. Os Marinho não precisam de um empregado como dono do poder. Nunca precisaram disso. Luciano Huck, que já teria desistido da candidatura, deve ter sido chamado num canto e acalmado.

Huck não teria êxito como político, nem depois de sair da Globo. Chegaria ao governo, formaria sua patota, se transformaria numa figura decorativa, sob o mando de um Henrique Meirelles, mas não ganharia nada com isso. Nem ele nem a Globo.

Huck foi a pior invenção da direita até agora. Pior do que Bolsonaro. A direita tem Alckmin, e esse sim é perigoso.

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