LICENÇA PARA MATAR

Pobres, negros e pardos, principalmente jovens, são assassinados por policiais, em toda parte, sem uma lei que autorize a matança de quem não tem como se proteger.
Agora, imaginem o que será dessa gente com uma lei como essa defendida por Sergio Moro, que autoriza qualquer policial a atirar, se a situação for de “medo, surpresa ou violenta emoção”.
Não há estatísticas confiáveis sobre crimes que hoje já são protegidos pelo que as autoridades chamam de “autos de resistência”, quando a polícia mata alguém sob o argumento de que a vítima resistiu (Queiroz, o amigo dos Bolsonaros, é ex-policial e tem inúmeros casos desses na PM do Rio).
Sergio Moro mostra com essa proposta de lei que se submete ao que é da alma do bolsonarismo, a pretensão de que qualquer um pode ter licença para ‘julgar’ sumariamente e matar quem eles consideram bandidos.
Por que essa lei está sendo proposta, se a polícia brasileira mata cada vez mais?
A serenidade com o que o ex-juiz defendeu sua ideia deveria abalar os liberais, mas ninguém mais se abala com nada.
Sergio Moro está onde deveria estar há muitos anos. Moro descobriu que sua vocação não é estar ao lado de tucanos emplumados, mas ser obediente ao bolsonarismo que pode levá-lo ao Supremo.

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