MARINA?

Fernando Henrique não é o único desesperado atrás de um candidato que ele diz ser de centro (o eufemismo para a direita no Brasil). A Folha também entrou em desespero.
Ontem, Demétrio Magnoli publicou longo artigo em que no final a pergunta é: e Marina Silva, quem sabe?
Magnoli escreveu: “O lugar correspondente à “terceira via” continua desocupado, e Marina Silva até aqui não se mostrou capaz de preenchê-lo”. Mas quem sabe?
Já a Folha diz em editorial hoje: “A paisagem centrista caracteriza-se pela fragmentação e por apostas especulativas. Marina tem um patrimônio eleitoral, mas carece do partido que se revelou incapaz de construir”.
Marina carece bem mais do que de partido e não é centrista, é alguém que se apresenta como progressista apenas em questões ambientais, é confusa em abordagens econômicas e retrógrada em questões que vão muito além do que se convenciona chamar de costumes.
Marina não consegue superar sua barreira religiosa, dogmática, em relação aos gays, aos transgêneros e ao respeito à diversidade em todas as suas manifestações humanas. Não há, neste mundo dos Trumps e dos Bolsonaros, como ser reticente em relação a tema tão fundamental.
Marina apoiou o golpe contra Dilma. É prisioneira dos seus preconceitos. Defende bichos e plantas, e deve defender, mas isso não basta. Marina é uma criatura do século 19.

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