A AMEAÇA E OS COVARDES

A imprensa não deu bola, por covardia, para a manifestação mais grave dos últimos dias, ignorada também pela Justiça Eleitoral.

Não foi a fala que aparece no vídeo em que o filho do sujeito ameaça o Supremo. Nem o vídeo em que um coronel ameaça a ministra Rosa Weber, dizendo barbaridades que circularam durante dias na internet sem nenhuma reação das autoridades.

A fala mais grave, que não apareceu nas capas dos jornais, que só foi aparecer na grande imprensa depois de horas e horas nas redes sociais, a fala que mostra a empáfia da extrema direita é a que foi transmitida ao vivo, pelo celular, pelo candidato do fascismo para a aglomeração de amarelo na Avenida Paulista, no domingo.

Essa fala mostra o caráter não só do candidato, mas dos que votam nele. É a manifestação que pode empurrar milicianos para a caçada a inimigos. Foi quando ele disse, falando sobre os resultados do primeiro turno:

“Só que a faxina agora será muito mais ampla. Essa turma, se quiser ficar aqui, vai ter que se colocar sob a lei de todos nós. Ou vão pra fora ou vão para a cadeia. Esses marginais vermelhos serão banidos de nossa pátria”.

Essa é a fala que o jornalismo não quis abordar, por estar encagaçado e também engajado ao extremismo, mesmo que de forma dissimulada. E que a Justiça eleitoral deixou passar como coisas da normalidade, como sempre ignorou todos os delitos do candidato e de seus adoradores.

Não há um comentarista da grande imprensa que tenha condenado com voz alta e forte a incitação do homem ao extermínio de adversários políticos.

O acovardamento é a marca do jornalismo brasileiro em tempos de bolsonarismos. Pela omissão de todos, incluindo a Justiça, os milicianos do fascismo estão liberados para gir.

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