A PAIXÃO DE REGINA POR BOLSONARO E A MORTE DO CACIQUE QUE SEGUIA O DEUS DOS BRANCOS

Dá uma tristeza funda ler a entrevista de Daniel Filho à Folha em que ele fala de Regina Duarte. O ator e diretor viveu com Regina. Daniel acha que ela pode ter involuído na sua escalada reacionária e estar hoje apaixonada por Bolsonaro.

Também é dolorido ler a notícia da morte do cacique Messias Kokama, da maior comunidade indígena brasileira em meio ao terror da peste em Manaus. Messias morreu de Covid-19.

Daniel Filho disse em depoimento a Laura Mattos, publicado ontem na Folha:
“A pessoa (Regina Duarte) disse “tenho medo do Lula” e acho que aquilo cresceu. É absolutamente incompreensível, inclusive ela não estar realmente pensando nos colegas, na falta de trabalho que estamos tendo, nos teatros fechados, falando como se não estivesse acontecendo nada no Brasil, como se não houvesse uma pandemia no mundo, como se o Brasil não estivesse sendo realmente depredado pela devastação das nossas florestas. Os indígenas podem todos sumir. Toda a nossa cultura”.

Daniel Filho está preocupado com os índios, como todos estamos, e não entende como Regina não esteja, porque ele viveu com Regina e achava que a conhecia. Hoje, não entende nada do que a ex-mulher anda fazendo e dizendo.

Regina nem deve ter ficado sabendo da morte do cacique Messias Kokama, do Parque das Tribos. Era o chefe de uma imensa vila da periferia de Manaus.

A comunidade kokama perdeu seu líder maior para a pandemia que devasta o Amazonas. O repórter Fabiano Maisonnave estava em Manaus e foi ao velório.

E aí ficamos sabendo por Maisonnave que o cacique dos kokamas era pastor da Igreja pentecostal da Missão. Era pregador de Deus acima de todos.

Um filho dele, que estava no velório, andava por ali com uma tornozeleira na canela.

A namoradinha do Brasil e ao mesmo tempo a artista que representou na TV a libertação da mulher nos anos 80 apaixonou-se por Bolsonaro, segundo a suspeita do ex-marido.

Daniel Filho fala sério (e faz questão de dizer que não há ironia no que diz) que Regina pode ter reproduzido o mesmo sentimento de artistas franceses que se apaixonaram por nazistas na Paris ocupada.

E um dos grandes caciques da Amazônia morre de Covi-19, aos 57 anos, e descobre-se que ele era pastor evangélico. O Deus dele é o Deus dos brancos. E o filho anda com uma tornozeleira igual à dos corruptos brancos.

É tudo muito maluco. Mas ainda não terminou. É a exaustão do absurdo.

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