A VITÓRIA DO JORNALISMO QUE NÃO SE ACOVARDA
O jornalista Marcelo Auler, com quem tenho a honra de conviver na Associação Brasileira de Imprensa e no DCM, venceu todas as ações movidas pela delegada federal Érika Mialiki Marena, braço da Lava-Jato em Curitiba, com a intenção de constrangê-lo e acovardá-lo.
Compartilho na área de comentários o link para o texto que Auler publicou em seu blog. O jornalista homenageia com a sua vitória a memória do reitor Luiz Carlos Cancellier, da UFSC, que se suicidou depois de ser cercado pela PF de Érika Marena.
Sem jornalistas com o destemor de Auler, pouco ou nada saberíamos da perseguição ao reitor. A PF nunca teve uma prova contra Cancellier.
É uma vitória de Marcelo Auler e do jornalismo que não se acovarda diante de alguns poderosos que se comportam como donos do Judiciário por serem parte do sistema de Justiça.
Há ainda os poderosos que não pertencem ao sistema de Justiça, mas desfrutam de todo tipo de impunidade e consideram o Judiciário extensões das suas empresas.
Embora isto possa ser comemorado como uma vitória menor contra o fascismo e a arbitrariedade da PF da lava jato e outras, não traz o nobre e inocente reitor de volta e também não pune seus carrascos.
Precisamos parar de comemoras estas questões e nos focar em dar um ponto final a tudo isto que vem acontecendo com frequência anormal no Brasil pós 2016. E este ponto final só vem com exemplo da punição exemplar de todos os que cometeram “erros” injustificáveis em nome de perseguição a seus oponentes ou simplesmente a quem não pensa como eles. Tem uma turma muito grande que fez tudo errado e continua (e tudo indica que vai continuar) solta por ai fomentando mais “erros”. Um erro se desculpa, dois erros, se educa, mas mais de 3 erros mostra um método – e este método tem que ser varrido do Brasil urgentemente. Precisamos prisão para muita gente graúda, policiais, ministros, presidentes, deputados, senadores, vereadores, governadores, prefeitos, jornalistas (liberdade de opinião tem um limite – e para muitos “jornalistas” este limite já foi ultrapassado a muito tempo), empresários, militares, médicos, “influenciadores” e muito mais.
Fico muito feliz com a vitória judicial do Marcelo Auler (uma das exceções à regra do ATUAL “jornalismo” brasileiro) sobre aquela criminosa.
Mas concordo inteiramente com o comentário do Renato! Muito além de comemorarmos essas vitórias, de justiça óbvia por natureza, precisamos que as Instituições brasileiras passem a funcionar como tais e que essa enxurrada de crimes, que têm sido cometidos há anos no país, seja devidamente punida, levando à prisão todos os responsáveis, de todos os níveis sociais, POLÍTICOs E hierárquicos citados pelo Renato.
Aliás, isso tem sido cobrado constantemente aqui na coluna, pelo Moisés. Duro é ver isso realmente acontecer, infelizmente…