BOLSONARO É DESMENTIDO DE NOVO

Foi constrangedora a cena em que, confrontado com uma afirmação de Bolsonaro, o almirante Leonardo Puntel teve que andar em círculos para não desqualificar as bobagens ditas pelo seu superior.

Aconteceu há pouco na TV. O almirante, um delegado da Polícia Federal e uma autoridade do Ibama davam informações sobre as operações para desvendar o caso do óleo derramado no mar. Foi quando um repórter do Estadão deixou o oficial numa saia justa.

Bolsonaro havia dito, em entrevista à TV Record, no domingo, que “o pior está por vir”, sobre a poluição das praias pelo petróleo.

Como Bolsonaro poderia fazer tal afirmação, se pouco antes, ali na coletiva, o próprio almirante – comandante das operações da Marinha – havia dito que a presença de óleo está diminuindo?

Dois presentes pegaram o microfone, o almirante e o delegado. Fizeram volteios e ninguém abordou a questão levantada pelo jornalista.

O repórter se sentiu ludibriado e insistiu, agora com ênfase: o almirante poderia afinal informar quem está com a verdade, já que Bolsonaro estava disseminando o pavor?

O almirante teve de falar. E disse, cuidadoso, que não há como saber se vem menos ou mais óleo.

E assim Bolsonaro foi desmoralizado ao vivo mais uma vez. Bolsonaro tentou espalhar o terror, como fez desde o início do caso, enquanto deveria ter enviado equipes para ajudar os voluntários.

Bolsonaro não sabe nada do que fala, nem da reforma da previdência, nem das manchas de óleo. Bolsonaro sabe apenas do caso Marielle. E aí ele sabe que o pior pode estar por vir.

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