Mais de cem anos depois, o retorno ao mesmo lugar

Nada de novo no front não é apenas um dos 10 maiores filmes de guerra de todos os tempos.

É um filme que nos mostra como as guerras nos devolvem sempre ao mesmo lugar.

É também um filme sobre a vida que retroage por imposições de ideologias, do racismo, da xenofobia e de todas as formas de atraso, apesar das sensações de avanço.

Todo avanço humanista, nos diz esse filme grandioso, é sabotado pela estupidez, por ódios, fascismos, nazismos e violências, mesmo em tempos de paz aparente.

Estamos vivendo hoje, também nas relações humanas cotidianas, as guerras que o filme de Edward Berger joga na nossa cara.

A invasão da Ucrânia por Putin e aqui a invasão das nossas vidas pelo bolsonarismo fascista ainda nos impõem o mesmo roteiro do filme. Ainda.

A guerra de trincheiras está de volta, junto com todas as formas de violência do início do século 20.

Avanços tecnológicos não nos garantem avanços civilizatórios. Temos a sensação de que avançamos, mas pode ser apenas uma sensação.

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