Democracia e imprensa

Quando me perguntarem daqui a alguns anos o que fiz de importante no inverno do ano em que encarceraram Lula, eu direi que tentei fazer a minha parte na reconstrução da democracia com um grupo de amigos.
Foi o que fiz ontem, ao lado de Miguel Rossetto, futuro governador do Estado, de Tarso Genro e de dezenas de democratas.
Lotamos o bar Tutti Giorni, da escadaria da Borges, para ouvir Rossetto e Tarso falarem das ameaças representadas pelos avanços da direita, desde o golpe de agosto de 2016, mas principalmente das possibilidades de resistência.
Foi a noite do lançamento da minha pré-candidatura a deputado estadual. Assumi o compromisso de me engajar a um projeto de construção de uma imprensa alternativa forte no Estado. É possível?
É possível tentar. Uruguai e Argentina têm uma imprensa progressista forte. Por que não temos? Porque as esquerdas brasileiras subestimaram a capacidade de articulação da mídia que apoiou o golpe.
É hora de recuperar o tempo perdido, com o entendimento de que um projeto de produção de conteúdo jornalístico é uma questão política urgente.

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