Diretas já
Esta senhora, com quem estive ontem com um grupo de amigos, está empolgada com a ideia de que nossa democracia depende de uma eleição já. Eu também.
O golpe não abalou o humor de Dilma Rousseff, que dedicou boa parte do tempo a contar histórias e a fazer os outros rirem.
Dilma tem força, apoios e afetos para continuar alegre, enquanto os golpistas e seus seguidores ficam cada vez mais sozinhos e tristes.
Toda a vez que ouço Dilma falar em Democracia, eu me pergunto a qual Democracia ela se refere? Aquela que bajula presidentes indiciados por corrupção como Cristina Kirchner, ou “cocaleros” como Evo Morales? Que se posta extasiada diante da foto do cucaracha Hugo Chaves, ( aquele que, eventualmente, reaparece sob a forma de um passarinho, conforme testemunho de seu cucaracha substituto, Nicolás Maduro)? Aquela Democracia que vai agitar bandeirinhas durante o funeral de um ditador assassino como Fidel Castro, enquanto o Brasil inteiro chorava a tragédia da Chapecoense? Sempre tentando consertar o seu passado, ao afirmar que durante a ditadura militar lutou pelo retorno da Democracia (história amplamente desmentida por ex guerrilheiros como Eduardo Jorge e Fernando Gabeira. Talvez, por isso, odiados pela nossa esquerda), Dilma insiste em subestimar a nossa inteligência. É ótimo que ela continue a ter força, apoios e afetos para continuar alegre, e que se mantenha assim até o momento de prestar esclarecimentos a Sergio Moro, Vallisney de Souza ou a algum outro juiz ligado à Lava Jato. Eles não irão admitir respostas evasivas, e não terão a mesma paciência e a mesma postura que teve o repórter da TV Al Jazeera.