Jornais têm medo de calcular o público de uma aglomeração

O jornalismo passa vergonha mais uma vez ao não conseguir fazer uma estimativa confiável do público no ato golpista na Paulista.

Os jornais não fazem cálculos, com a ajuda de especialistas, por medo de represálias. E se negam a cumprir uma tarefa que é deles, sim.

Vale para jornais da grande imprensa e da mídia alternativa. É uma omissão grave, porque o número de participantes é uma informação óbvia para avaliação da aglomeração.

A maioria dos jornais omite o que já se sabe sobre estimativas que existem, como essa de técnicos da USP divulgada pelo G1. Mas o G1 é uma exceção.

Essa é a informação, que abala os números megalomaníacos do fascismo e é escondida pelos jornalões:

“No ápice, o ato do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) neste domingo (25) na Avenida Paulista reuniu 185 mil pessoas, segundo o Monitor do Debate Político no Meio Digital, da Universidade de São Paulo (USP).

O levantamento foi feito a partir de imagens analisadas por um software. Foram tiradas 43 fotos entre as 15h – horário aproximado da chegada de Bolsonaro à manifestação – e as 17h, quando ele já havia ido embora.

Cada uma dessas fotos foi repartida em 8 pedaços, que foram submetidos a um software que identifica cabeças e estima a quantidade de pessoas na imagem.
Segundo o estudo, o pico de 185 mil por volta das 15h. Às 17h, havia entre 45 mil e 30 mil pessoas”.

O QG bolsonarista esperava de 700 mil a 1 milhão de pessoas.

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