MAIS POLITIZADO?

Celso Amorim brilhou hoje à noite na aula pública na Assembleia Legislativa, com o auditório Dante Barone lotado. Logo no começo, uma cena curiosa. O ex-ministro das Relações Exteriores e da Defesa disse que estava com certa timidez porque iria falar para “pessoas do Estado mais politizado do Brasil”.
A plateia reagiu em coro com murmúrios, ‘nãos’ em tons variados e algumas risadas. Amorim percebeu que a fama não merecia reconhecimento dos próprios gaúchos. Coisas da república do relho…
Tomei nota de algumas frases da palestra em que o eixo foi a defesa da soberania nacional:
“Chegamos a um ponto de alienação em que um candidato exalta a tortura”.
“Ainda não chegamos à tortura (sobre a perspectiva de crescimento da exceção depois do golpe). Mas o risco sempre existe”.
“A soberania não é apenas a soberania do país, mas a soberania do povo”.
“É inevitável fazer uma conexão entre a descoberta do pré-sal e o golpe”.
“O presidente Lula foi aqui, muito antes de Obama, o “nós podemos”.
“A elite brasileira não é apenas a elite do atraso, é a elite da subordinação (aos interesses estrangeiros)”.
“Nossa elite não tem complexo de vira-lata por se considerar pior. Ela é vira-lata”.
“O problema não é Pedro Parente. É o fato de uma empresa criada para defender os interesses do Brasil ter ações na bolsa de Nova York”.
“O povo está reagindo, a insatisfação é real (…) Primeiro temos que pensar em ganhar a eleição com Lula”.
(Numa das fotos, Amorim conversa com meu amigo Clóvis Ilgenfritz, nome histórico do PT, uma figura que merece o respeito dos democratas de qualquer partido.)

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