Nem na Irlanda

É difícil buscar consolos políticos hoje em dia, mesmo que as possibilidades estejam do outro lado do mundo. Li há pouco que a Irlanda terá pela primeira vez um primeiro-ministro assumidamente gay.

É Leo Varadkar, do partido Fine Gael. A história parece bonita. Varadkar será o mais jovem governante do país. Tem 38 anos e é filho de um imigrante indiano.

Pensei: a Irlanda elegendo um gay, filho de imigrante, e nós aqui diante da possibilidade real de ver um sujeito homofóbico disputando o segundo turno das eleições de 2018. Quanta diferença.

Mas isso significa que a Irlanda terá avanços progressistas, e não só na área dos costumes? Talvez não. Continuei lendo e descobri o seguinte. O partido de Varadkar é de centro-direita. E com ele no poder os irlandeses deverão ver o partido ir ainda mais para a direita.

Porque dizem que Varadkar representaria a face mais conservadora do Fine Gael. O partido dele já está no poder. E a Irlanda é o país que menos recebe refugiados. Nos resta o quê?

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