NICO

Nico Noronha foi um grande repórter e um dos jornalistas mais divertidos que conheci. Escrevia com atrevimento e alegria. Fomos colegas na Zero Hora.
Há menos de duas semanas, agora no dia 8, no Bar do Alexandre (conhecido também como Bar do Alemão), no Menino Deus, reencontrei Nico depois de muitos anos, nem sei quantos.
Ele me mandava mensagens com um apelo: vem ao bar que eu faço um churrasco. Eu demorei meses para me submeter à sua sedução. Pois Nico comprou a carne e pediu para que o amigo Paulista pilotasse a churrasqueira de latão na calçada do Bar do Alexandre.
Estávamos lá eu, o Alexandre Kohls, o Carlos Wagner, o Elton Werb, a mulher do Nico, a Marinês, e outros parceiros do Menino Deus.
Adiei muito esse reencontro e vi Nico naquele dia 8 para o que seria nossa despedida. O que me lembro agora é que ele estava feliz e muito engraçado naquela noite. Quem passava na calçada puxava conversa com Nico.
Nico Noronha morreu hoje à tarde. Agora há pouco falei com o Alexandre e o Wagner e concluímos que ele estava sempre assim, numa boa.
Obrigado pelo churrasco e pela alegria, Nico. Obrigado por teus textos, pelo afeto, pelo reencontro e por ter me chamado para o último abraço.

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