O COTURNO DE CIRO GOMES

Uma história que contribui para reafirmar o conservadorismo de Ciro Gomes, mesmo que isso não seja mais preciso.

Ciro foi governador do Ceará entre 1991 e 1994. Elegeu-se aos 33 anos pelo PSDB, como aposta de Tasso Jereissati, líder político histórico do Estado.

Logo no começo do governo, o repórter Carlos Wagner e o fotógrafo Ronaldo Bernardi, de Zero Hora, conversaram com Ciro em Fortaleza.

A dupla estava fazendo reportagens sobre os gaúchos que migravam para o Nordeste, e a pauta no Ceará eram as fábricas gaúchas de calçados que desembarcavam na região, com todo tipo de incentivo.

Ciro fez questão de tirar uma foto com a novidade: um calçado cearense, visto na época como uma conquista importante para o fortalecimento da indústria do Estado.

Bernardi fez, sorridente, um retrato de Ciro com um coturno para soldados da PM.

O tucano poderia ter escolhido um sapato feminino, que sempre foi a marca das calçadistas gaúchas, mas a melhor expressão do que ele queria exibir era uma botina militar.

Não tenho a foto para mostrar, mas esses dias conversei com Wagner e ele se lembrou da cena e da foto nas páginas de ZH. Ciro segurava o símbolo da industrialização do Estado.

Um coturno. Ali estava o Ciro Gomes que depois andou em círculos, muitas vezes parecendo de esquerda, mas que sempre foi uma figura construída com os alicerces do coronelismo.

A bota da PM expressava o que ele queria passar. Poder militar, ordem, progresso, disciplina, coisa de cabra macho. O Ciro que está aí atacando Lula existia desde o início dos anos 90.

__________________________________________________________________

A OAB ELOGIADA
O autoproclamado véio da Havan atacou a OAB, foi condenado, fez um acordo e vai ter que elogiar a entidade e a advocacia.

A OAB vai ganhar como reparação elogios do véio da Havan, depois de ser chamada de bando de porcos e abutres.

Então tá. Deve ser bom para a OAB. Vamos imaginar o elogio emoldurado e dependurado na parede da diretoria.

3 thoughts on “O COTURNO DE CIRO GOMES

  1. O problema destas “reparações” como o veio terá que fazer para a OAB é que não reparam nada e não educam nada. Ou alguém acha que ele vai mudar o pensamento dele sobre a justiça que não faz o que ele quer?
    Devia ser uma punição mais severa, colocar em cana por um tempo ou aplicar uma multa que o faça chorar (e não as bagatelas que ele está acostumado a pagar para o grupo de advogados dele). E também não adianta uma multa que possa ser pedalada em prestações perder de vista, pelo menso não pra ele.
    Deste jeito não vamos alugar nenhum.

Deixe uma resposta para Gerson Luis Miltzarek Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Website Protected by Spam Master


4 + 5 =