Os novos críticos de Paulo Guedes, o primitivo

André Lara Resende esculhamba com Paulo Guedes e o liberalismo arcaico do bolsonarismo (apoiado pela Fiesp), em entrevista à Folha.
Um economista respeitado pela direita mostra como o bolsonarismo corrompeu até a ideia de liberalismo econômico com a sua capacidade de manipular as ignorâncias.

Lara Resende até defende o Estado. Um trecho:

“A política econômica atual baseia-se num liberalismo primitivo, o “laissez-faire” de Milton Friedman dos anos 1960/70, no qual o monetarismo simplório da Teoria Quantitativa da Moeda foi substituído pela tese da “austeridade fiscal expansionista”.
Sustenta-se que basta retirar o Estado da economia e equilibrar as contas públicas para que a confiança dos investidores privados seja recuperada, e a economia volte a crescer. Trata-se de um duplo equívoco.
Primeiro, porque no mundo contemporâneo, mais do que nunca, um Estado competente é condição para o crescimento.
Tanto para garantir serviços públicos de qualidade, como para o bom funcionamento da economia competitiva, a ação do Estado é indispensável.
Segundo, porque a tentativa de equilibrar as contas públicas, a curto prazo e a qualquer custo, asfixia o setor privado com impostos distorcidos, inviabiliza os investimentos públicos e paralisa serviços básicos.
Não há recuperação possível nessas condições”.

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