O traidor do jornalismo

O jornalista de direita que existe hoje não existiu assim, com esse formato e esse caráter, nem na ditadura.
Na ditadura, como sabem os mais antigos, os donos dos jornais tinham os subalternos que cumpriam tarefas, porque estes sabiam escrever e não necessariamente porque seriam ideologicamente direitosos.
Claro que os jornalistas assumidamente reacionários eram ferozes, mas não eram tantos como agora. Hoje, o jornalista de direita é um vaidoso engajado ao golpe, não é apenas o mandalete ocasional que faz o serviço sujo.
Ele acha que é parte orgânica da elite que derrubou Dilma, mesmo que suas raízes sejam de pobre e suburbano. O jornalista de direita perdeu a vergonha, porque para alguns ser de direita virou um bom negócio.
O jornalista que se aliou ao golpe e vestiu a camiseta do anti-petismo e do anti-lulismo (mas não tem coragem de dizer que votou em Aécio) vem ajudando a matar jornais e reputações, além de trair a missão de colegas e de redações.
O jornalista de direita trai o jornalismo.

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