Orgulho louco
Eu estava com o pé que era um leque para participar da VI Parada Gaúcha do Orgulho Louco, hoje no Alegrete.
Fui convidado pela Judete Ferrari para o painel da Roda de Conversa Mosaico da Resistência: valorizando a história e consertando a vida, que acontecerá na Praça Getúlio Vargas, mas não deu pra ir.
O grande momento do evento, organizado pela prefeitura, Fórum Gaúcho de Saúde Mental/Núcleo Alegrete e outras entidades, é a Parada com doentes mentais, profissionais da área e parceiros na luta pelo fim do preconceito e dos manicômios – familiares, amigos, militantes.
É gente que defende abordagens no tratamento da doença mental que não passem necessariamente pelo confinamento e por outras práticas há muito tempo consideradas controversas.
Ainda há profissionais da área que consideram a Parada depreciativa do doente mental. Não é. É uma ideia humanista, com rodas de conversa, oficinas de arte e muito humor.
Os que se incomodam são, na verdade, os que têm suas ‘sabedorias’ questionadas pelo encontro.
A Parada já é um evento nacional. Vale pela capacidade de integrar, de desmistificar, de abalar preconceitos e de alegrar.
Tinha que ser mesmo no Alegrete. Sorte para todos os envolvidos nesta festa tão bonita.