Compadres

Ontem, pouco antes de dormir, dediquei meia hora à entrevista que o procurador Deltan Dallagnoll, chefe da força-tarefa do Ministério Público da Lava-Jato, deu à TV Folha. Meia hora é um bom tempo para se perguntar tudo que deve ser perguntado.

Os entrevistadores eram dois jornalistas experientes, Fernando Canzian e Flavio Ferreira. E eu ali, quase dormindo, à espera não da grande resposta, mas da grande pergunta.

O procurador levantou suspeitas de que o Congresso está armando uma “manobra” para agir seletivamente e livrar a cara de muita gente na luta contra a corrupção.

E a conversa se foi nessa linha. Dallagnol, com seu ardor fervoroso, quase um pregador, acusando parte do Congresso. E os jornalistas ouvindo, fazendo perguntas de compadre etc.

E nada da pergunta que deveria ser feita. Se Dallagnol vê uma atuação seletiva do Congresso para melar os esforços contra a corrupção, por que os jornalistas não trataram exatamente disso em relação aos procuradores da Lava-Jato?

Por que nenhum deles perguntou como o MP se sente sob a suspeita disseminada de que também é seletivo?

E fui dormir pensando no que aprendi na Gazeta do Alegrete. O jornalista não é um inquisidor. Mas jornalista não pode ter medo de fazer perguntas. Se tiver medo, que peça a ajuda de quem não tem.

(A entrevista ainda está na capa da Folha online)

4 thoughts on “Compadres

  1. ¡Requião é inteligentinho, sem dúvida!

    Vá a casa de seus amigos professores da Universidade. Das HUMANAS. Encontre no restaurante seus colegas artistas, músicos moderninhos cancioneiros, amigas atrizinhas de teatro… Marque uma janta… Com os INTELECTUAIZINHOS…

    Você, com grande chance estará diante de in-te-li-gen-tinhos!!

    Eis:
    OS INTELIGENTINHOS do PE-TIS-MO, DA SOCIEDADE CIVIL — estudantes, professores universitários, jornalistas, cineastas, artistas, blogueiros, cantorzinhos tipo Chico BUARQUE etc.

    Nesse JANTAR DE INTELIGENTINHOS faça o seguinte:
    «Chegue num jantar de inteligentinhos e, por exemplo, defenda a LAVA-JATO ou o IMPEACHMENT. Haha. Você vai VER o que vai acontecer com você, né? Vão olhar TORTO pra você achando que, de repente, você é dono de um banco, alguém assim! E não alguém que trabalha duro para sobreviver e, por isso, SEMPRE desconfia de quem não o faz.

    Outros inteligentinhos:

    Além de REQUIÃO:
    Haddad (intelectualizinho unidimensional uspiano);
    Coração Valente;
    João Santana;
    Ciro Gomes, sem dúdida! Do PDT.

    1. A Cultura é tão importante quanto a “vida material” do dia-a-dia. Pois está vinculada à Educação e ao “gôsto”…

      “Os Comitês petistas & a Rede Globo:
      sedes de cultura do mesmo estilo.”

      Tudo a ver com a truculência do Petismo [e seus satélites como o PCdoB], somado com toda a breguice do PT.

      Falo é de uma contradição. O GÔSTO da Globo é o GÔSTO do PT, são iguais. Semelhantes.

      A Globo é o PT. O PT é a GLOBO (gôsto e estilo).

      O PT odeia a Globo. Mas são um a cara do outro.

      
O problema é que, sem a Globo, sempre vai sobrar os COMITÊS PETISTAS, com sua doutrinação cultural tão decadente e bregaça como a Globo. Criando distorções publicitárias — através da Linguagem — como a «Coração Valente©», a deusa brega do Petismo, via o demiurgo João-o-Milionário-Santana [este agora preso pelo Juiz Sergio Moro]. ¿Será por que está preso?…

      
O PT detesta o elitismo (Shakespeare, Truffaut, Beethoven, Machado de Assis, Villa-Lobos, Bach).


      O PT é a Globo. A Globo é o PT. Estilo Globo.

      Gostam é de cancioneiro. De Chico Buarque. Musiquinha. Jamais Buxtehude.


      Pixação (em Sampa, petistas afirmam que é “”arte””. rsss), funk, oba-oba, Anitta etc., cinema estilo a cineasta petista Anna MUYLAERT com filminho brega. Enormemente brega.

      Procure OUVIR Buxtehude.

  2. A grande preocupação dos censores da ditadura, era com o teor das respostas às entrevistas contidas nos jornais. Os espaços em branco, deixados pela tesoura do censor em sua fúria incontida, toda a vez que uma resposta, por mais natural, não vinha de encontro à sua concepção do que deveria ser respondido, eram preenchidos, com ar de deboche, por cantos inteiros dos Lusíadas e receitas de bolo. O Estadão era um mestre na arte de ridicularizar o censor empedernido. Nos meus tempos de estudante, li praticamente todas as Catilinárias de Cícero, publicadas pelo Estadão como desagravo a seus espaços mutilados. A NOSSA esquerda que nidificou durante e após a ditadura, vem tentando aperfeiçoar a prática da censura herdada de regimes totalitários de direita, e totalitários de esquerda preferIVELMENTE caribenhos, toda a vez que uma ou outra matéria publicada na imprensa independente contradiz ou não responde às suas expectativas. Tentaram, em vão, o Controle Social da Mídia, listas negras com nomes dos jornalistas que consideram inimigos e, por último, a tentativa cômica e desesperada de censurar não o que foi respondido, mas o que foi OU NÃO FOI perguntado. Realmente, existe uma suspeita disseminada de que o Lava Jato seja seletivo. Os caríssimos advogados de Lula, os Blogueiros pagos com dinheiro público e que perderam a boquinha, Os intelectuais que deram errado, Os escritores patrocinados pelo MEC, Os artistas em geral e diretores de cinema que se consideram gênios, e mantidos pelos recursos públicos da Lei Rouanet, e as adolescentes lobotomizadas pelos pais, elevadas subitamente à categoria de musas de invasores de escolas que jamais leram um livro. Todos, indistintamente, tem a mesma suspeita.

  3. ¯\_(ツ)_/¯
    2017: a todos do blog, que fiquem atentos à picaretagem em 2017 & que vossas mentes permaneçam rápidas perante ao ilusionismo do PT.
    Um sublime 2017!

    Viva 2016!

    Em 2016 houve fato fabuloso sim, apesar de Vanessa Grazziotin falar que não, dessa forma equivocada assim:
    “O ano de 2016 é, sem dúvida, daqueles que dificilmente será esquecido. Ficará marcado na história pelos acontecimentos negativos ocorridos no Brasil e no mundo. Esse é o sentimento das pessoas”, diz Grazziotin.

    Mas, por outro lado, nem que seja apenas 1 fato positivo houve sim! É claro! Mesmo que seja, somente e só, um ato notável, de êxito. Extraordinário. Onde a sociedade se mostrou. Divino. Que ficará na história para sempre, para o início de um horizonte progressista do Brasil, na vida cultural, na artística, na esfera política, e na econômica.

    Que jamais será esquecido tal nascer dos anos a partir de 2016, apontando para frente. Ano em orientação à alta-cultura. Acontecimento esse verdadeiramente um marco histórico prodigioso. Tal ação acorrida em 2016 ocasionou o triunfo sobre a incompetência. Incrementando sim o Brasil em direção a modernidade, a reformas e mudanças positivas e progressistas. Enfim: admirável.

    Qual foi, afinal, essa ação sui-generis?
    Tal fato luminoso foi o:

    — «Tchau querida!»*

    [ (*) a «Coração Valente©» do João Santana; criada, estimulada e consumida. Uma espécie de Danoninho© ‘vale por um bifinho’. ATENÇÃO: eu disse Jo-ã-o SAN-TA-NA].

    Eis aí um momento progressista, no ano de 2016. Sem PeTê. Sem baranguice. Sem política kitsch.

    A volta de decoro ao Brasil.

    Feliz 2017 a todos.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Website Protected by Spam Master


1 + 3 =