Polícia Federal bate na porta do primeiro bilionário envolvido no 8 de janeiro

É gaúcho de Santa Rosa, na zona da soja, o primeiro bilionário identificado pela Polícia Federal como financiador e articulador da invasão de Brasília no 8 de janeiro.

É Mario Luft, de 80 anos, dono do grupo Luft, uma das maiores empresas de logística do Brasil, atuando principalmente no armazenamento e transporte na área do agronegócio e de medicamentos, com ramificações em vários outros setores.

A Luft tem origem, em 1975, no transporte rápido de encomendas com centros de distribuição em Santa Rosa e Carazinho. Emprega mais de 10 mil pessoas em unidades distribuídas por todo o país.

Transporta qualquer produto para qualquer lugar. O grupo tem uma frota de 2 mil caminhões. É isso mesmo: 2 mil caminhões.

Mario Luft conta numa entrevista concedida em 2016 que só virou empreendedor depois de se formar em odontologia na UFRGS (o link está ao final desse texto).

O empresário sofreu busca e apreensão da Polícia Federal, nessa quarta-feira, em endereços onde mora e também onde fica a sede da empresa, em Barueri, pela suspeita de ter participado ativamente do planejamento e orientação de grupos envolvidos no movimento golpista.

Os jornalões, que davam manchete para buscas e apreensões nas casas de manés, esconderam a notícia sobre a batida da PF nos endereços do bilionário gaúcho, com exceção do Globo.

Não havia, entre os mais de mil investigados pelo 8 de janeiro, ninguém com o perfil de Mario Luft, muito menos com seu poderio econômico.

Seria um sinal de que finalmente a Operação Lesa Pátria chegará aos bolsonaristas muito endinheirados? Chegou a hora dos manezões?

https://memoriadotransporte.org.br/mario-luft-da-luft-logistcs-o-sucesso-dos-nichos-de-mercado-na-logistica/

One thought on “Polícia Federal bate na porta do primeiro bilionário envolvido no 8 de janeiro

  1. Pelas reportagens e registros feitos pelas polícias estaduais e federal à época dos bloqueios nas estradas, constatou-se a presença de outras grandes empresas de transporte, não só a do empresário gaúcho citado na coluna. Espera-se q outros poderosos sejam responsabilizados, mas, diferentemente do q fez a lava-jato, sem destruir a empresa.

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