SÓ FALTOU O DISCURSO DO VÉIO DA HAVAN

O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, poderia ter feito o que fizeram os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco; da Câmara, Arthur Lira; do Supremo, Luiz Fux; e do TSE, Alexandre de Moraes.

Todos fugiram da festa de Bolsonaro com o véio da Havan em Brasília. A festa não era pelos 200 anos da independência.

Foi um ato para que Bolsonaro voltasse a desafiar as instituições e se declarasse imbrochável.

Todas as autoridades que não foram ao evento simplesmente não apareceram, e pronto.

O presidente de Portugal ficou ao lado do véio da Havan, que ficou ao lado de Bolsonaro.

Rebelo de Sousa poderia ter mandado dizer que estava gripado ou com dor de barriga.

Poderia ter dado qualquer desculpa, como faz qualquer um, que não precisa ser autoridade, para fugir de uma fria.

Mas o presidente de Portugal, que já tinha uma bronca com o genocida, por ter conversado com Lula antes de visitá-lo quando esteve no Brasil, em julho, achou que era a hora de fazer as pazes.

Foi ignorado por Bolsonaro e apareceu em fotos para o mundo ao lado do véio da Havan, que ninguém fora do Brasil sabe quem é.

E ainda foi fotografado ao lado de uma bandeira com slogans da extrema direita.

Dava pena de ver o português naquela situação, perfilado ao lado do véio da Havan, que estava ali por fidelidade a Bolsonaro.

O véio foi o único dos oito investigados por Moraes, como integrantes do grupo de tios do zap acusados de golpismo, que aceitou o convite do imbrochável. Os outros preferiam se recolher.

Há uma cena estranha, já no trio elétrico, quando o véio parece levar um pito de Bolsonaro, depois de exagerar no gestual.

Vários sites informaram que Bolsonaro teria mandado que ele baixasse a bola, ou iria para a parte de trás. Braga Netto diz algo, mas o véio continua regendo o povo.

O próprio véio disse depois que Bolsonaro estava apenas perguntando se ele queria discursar. O véio perdeu a chance de falar para uma multidão.

E assim o Brasil comemorou os 200 anos da independência. Com o véio da Havan como protagonista, com observou Lula ontem em Nova Iguaçu. Só faltou o discurso. Seria a apoteose.

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