As ocupações

Participei hoje pela manhã de uma conversa com estudantes e professores da Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação da UFRGS, a Fabico. Falamos da ocupação, de jornalismo, vivências, resistência, democracia.

Eu disse que nunca fiz nada parecido com o que eles estão fazendo. Que a maioria dos jornalistas da minha geração também não fez. E que a mobilização dos estudantes já é vista para muito além das questões imediatas postas pelo golpe e atacadas pelas ocupações.

Vivi uma experiência que nunca vou esquecer ao conversar com os combatentes pela educação, pela saúde e pelas conquistas sociais e poder andar depois pelas salas ocupadas. O Brasil pós-golpe depende desses jovens, que não podem levar adiante sozinhos a luta contra os projetos da turma do Jaburu e seus cúmplices.

Eu sei, sem transferir responsabilidades, que dependo muito mais da vitalidade deles do que eles dependem de mim ou da minha geração. A História é feita pelos que ocupam as escolas e estão nas ruas.

Terei o orgulho de poder dizer mais adiante: eu estive lá na Fabico ocupada quando a democracia plena começou a ser restaurada.

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