O DILEMA DA DIREITA

Preciso ler os jornalistas assumidamente da direita para entender suas reações. Há entre a maioria deles um dilema que pode empurrá-los para um erro sem volta.
É a tentação da destruição de Bolsonaro, para que assim, na cabecinha deles, seja possível o crescimento de Alckmin.
Bolsonaro já cumpriu seu papel de anti-Lula, para a direita mais esperta, e só continua hipnotizando a classe média amadora.
Essa classe média sabe quem é Bolsonaro, mas acredita que ele possa ser levado até o fim como alternativa de poder. Porque assim, segundo essas cabecinhas, o PT não volta ao governo.
Mas para os profissionais, os que enxergam mais adiante, é preciso destruir Bolsonaro agora. Alckmin voltaria a ser a opção para a classe média medrosa, conservadora e golpista.
E aqui está a armadilha. A direita tucana, mais cheirosa, pode destruir Bolsonaro e ficar sem alternativa. Matam o ogro da extrema direita e Alckmin continua empacado.
Eu estou entre os que apostam nesse desfecho. Anotem o que vou prever. Bolsonaro será esfarelado pela Globo, pela Folha e pelo pato da Fiesp em pouco tempo, e Alckmin continuará empacado.
A direita está perdida, enquanto Lula cresce, e o PT cresce junto. A direita pode se preparar para, somando os dois turnos, perder 10 eleições para presidente na sequência.
Mais um pouco e a direita terá de derrotas, em eleições, o tempo que teve para exercer a ditadura a partir de 64, sem eleições.

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