Paraty e Passo Fundo
Leio a reportagem do Carlos André Moreira na Zero sobre a Festa Literária de Paraty, realizada em meio à crise geral, mas realizada, e penso na Jornada de Literatura de Passo Fundo.
A Jornada desprezada (será que volta?) é uma das provas de quanto nós
gaúchos blefamos com nossas virtudes de araque.
Participei da jornada como repórter e me lembro de uma cena do Ziraldo perseguido por um grupo de crianças. O Ziraldo, a algazarra, o circo colorido, aquilo tudo parecia mesmo irreal.
A Jornada foi uma fantasia da literatura que durou demais para a nossa vidinha previsível, de coisas e ideias encaixotadas, de exaltação a hinos e feitos de duvidoso heroísmo.
A Jornada somente teria sobrevivido se tivesse alguma relação com algum evento pretensamente épico do século 19.