A casa tomada

As bolsas, o dólar, o ouro, as expectativas mundiais, os costumes, o racismo, a xenofobia, a homofobia, todos sabemos que tudo fica mais assustador com a eleição do fascista americano.
Mas agora vamos tratar de coisas que estão perto de nós. Como aguentar aquele primo do churrasco do domingo discursando que chegou a hora do Bolsonaro ser o nosso Trump?
E tem o vizinho da camisa de física dando gargalhadas. E o jornalista aquele que exalta as tias de antigamente e desqualifica as mulheres de hoje?
E ainda tem o filho do Bolsonaro, o sobrinho do seu vizinho, o amigo do jornalista, que repete tudo o que o jornalista escreve. Tem o pastor Feliciano.
Tem o homem da ferragem, mais o taxista aquele, o dentista (meu Deus, o dentista!), o professor pai da colega da sua filha. E ainda tem aquela sua tia de Caçapava. O Trump tem, sim, adoradores em Caçapava.
E aí alguém nota que seu filho menor está com um olhar diferente.

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