A direita precária

O general Eduardo Villas Bôas, ex-chefe do Exército, disse que Olavo de Carvalho é um “verdadeiro Trotski de direita”.
Trotski de direita? Espero que ninguém pergunte ao general o que isso significa, porque a explicação pode ser medonha.
E dizer que os militares já tiveram uma figura com a sabedoria e a cultura de Golbery do Couto e Silva.
Não há ninguém que seja um arremedo de Golbery na direita hoje. Há um monte de Lacerdas, de Ustras, de Médicis, de Figueiredos, mas não há um general Golbery. Cruel, mas terrivelmente brilhante.
Hoje, Costa e Silva, o mais parvo de todos os da geração de 64, seria um gênio. A direita civil e militar está muito precária.
Se não estivesse, saberia que comparar Olavo de Carvalho com Trotski é como querer comparar Sergio Moro com Rui Barbosa.
A única semelhança entre Olavo e Trotski é que Trotski também usava óculos. A direita tem que tomar mais cuidado, para que, no esforço para ofender a memória de Trotski, não acabe ofendendo a História.
A direita precisa ler mais.

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