A HOMOFOBIA COMO ARMA POLÍTICA
O Rio Grande do Sul teve alguns dos mais radicais e cruéis agentes da ditadura, como o delegado Pedro Seelig e sua equipe de sequestradores e torturadores e o general Antonio Bandeira, comandante do III Exército, também acusado de comandar e praticar torturas.
Mas nunca houve no Rio Grande do Sul nenhuma figura pública que tenha explorado a homofobia como arma, como fez agora Onyx Lorenzoni.
Nenhum político, em tempo algum, tentou desqualificar o adversário, publicamente, explorando sua condição de gay declarado.
Onyx disse na propaganda de rádio dessa quinta-feira:
“Estou muito feliz com o resultado obtido no primeiro turno. E tenho certeza que os gaúchos e as gaúchas entenderam que vão ter, se for da vontade deles, do povo gaúcho, um governador e uma primeira-dama de verdade, que são pessoas comuns e que têm uma missão de servir e transformar a vida dos gaúchos para melhor”.
Eduardo Leite, que namora o médico Thalis Bolzan. rebateu o comentário no Twitter:
“Nesses tempos tão difíceis, em que tentam a todo custo nos separar uns dos outros, é motivador ver a sociedade e a opinião pública majoritariamente unidas para condenar demonstrações de homofobia. Não ao preconceito! O amor, o respeito e a tolerância falam mais alto”.
Onyx tentou jogar contra Leite o eleitor de um Estado cada vezx mais reacionário.
O que vai acontecer? Nada. Continuará o debate de quinta série entre contingentes das esquerdas que se consideram espertos e apostam nas vantagens da neutralidade no segundo turno.
É a esquerda adolescente, que considera os dois “a mesma coisa”. Não são. Um é um tucano perdido, que chegou a cortejar Bolsonaro em 2018, cometeu erros táticos terríveis e tentou golpear João Doria.
O outro é antiPT histórico e representante da extrema direita mais próxima de Bolsonaro. Mas não há comparação possível que possa transformá-los em iguais.
Um é gay e o outro instiga os eleitores contra o gay. E a questão não é eleger Leite, mas impedir que Onyx se eleja, com tudo o que significaria para o Estado sua chegada ao poder.
Mas parte das esquerdas entende que nada muda com um ou outro. Na verdade, parece que essa esquerda vingativa quer mesmo se submeter, por masoquismo, à experiência dc um governo de extrema direita que o Estado não teve, com tanta fúria, nem na ditadura.
Bom dia. Eu penso que Onix encaminhou sua derrota. Mas, de acordo com a “esquerda adolescente” que insiste em permanecer assim.
Melhor um gay EX-BOLSONARISTA do um canalha da extrema direita e Bolsonarista até o talo…
Meu voto antibolsonaro vai pra LULA. Agora, votar em leite sem contrapartida, nem pensar. LULA precisa de cada voto possível aqui. Quem não ralar para tentar consegui-los, que vá pra casa chorar as màs escolhas e o alpinismo mural.
A verdade é que as opções aí no RS são de amargar! Mas seria melhor a esquerda gaúcha se unir em torno do ex-bolsonarista, que já demonstrou que se derruba sozinho, a fim de evitar um mal maior, como aconteceu em primeiro turno aqui no Rio, onde um bandido foi RECONDUZIDO ao cargo.
Lembrando que o chuveirinho ficaria sem foro privilegiado, caso perca. Isso seria muito interessante…
E q divergências programáticas são essas q impedem uma aliança com o PT? O sujeito deseja continuar na política para alçar voos mais altos, mas não quer abrir mão de pautas privatistas? Certamente ele está contando com a “mão na consciência” do eleitorado de esquerda para ganhar a disputa sem ceder 1 mm sequer.