Adolfo Aristarain: que as ruas derrubem o fascista argentino
Adolfo Aristarain (foto) é um dos mais respeitados diretores de cinema da Argentina. O cineasta pregou, em artigo publicado nesta quinta-feira no jornal Página 12, o que muitos gostariam de dizer.
Que é preciso ir às ruas não só para protestar, mas para derrubar o governo fascista de Javier Milei.
Ele considera que esse seria um gesto legítimo contra um sujeito que planeja saquear o país.
Aristarain é diretor premiado de filmes com reconhecimento internacional, como ‘Um Lugar no mundo’ e ‘Roma, um nome de mulher’.
Abaixo, a íntegra do artigo que foi considerado golpista pelo jornal Clarín, que é o Globo deles.
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Ocupar as ruas até que caia o governo
Por Adolfo Aristarain
Graças a um grupo infelizmente grande de imbecis, ignorantes e zumbis que outrora votaram em Macri e agora em seu bobo da corte Milei e todo o bando de rufiões que os acompanha, o governo e a administração do país foram entregues a um bando organizado que não tem nenhuma ideologia, que busca apenas aproveitar e leiloar as indústrias, os minerais, tudo o que puderem, sem limite.
Eles não têm muito tempo, não precisam dele. Eles não querem o botim, só desejam a porcentagem que os patrões vão deixar para eles no Panamá.
Creio que vão fugir em maio, depois de arrasarem com o país. Eles não são piratas, porque piratas não tinham patrão. Eles são corsários.
Corsários trabalhavam saqueando territórios e tinham licença para navegar em rotas do mar que escolhessem. Eles entregavam a parte acordada aos impérios e ficavam com a sua parte. Eles não tinham pátria, tinham donos.
Não vamos dar tempo a eles. É preciso ocupar as ruas. A greve da CGT tem que ser por tempo indeterminado: até que caia o governo.
(A paralisação geral organizada pela CGT está marcada para 24 de janeiro)
Grande ator e diretor do cinema argentino. Depois de conhecer darin, tratei de pesquisar o cine argentino. Deparei-me com aristarain e outros, que trataram de contar e mostrar a dicta… Argentina.