BOLSONARO TOMBA E MOURÃO CORRE PRA SE ADONAR DA TRINCHEIRA

Com o tenente Bolsonaro baleado e quase fora de combate e com o golpe virando meme, o general Hamilton Mourão vai ocupando o vácuo e passa a reger a extrema direita.

É Mourão, que terá ainda mais poder com um mandato de senador a partir de janeiro, quem começa a dizer o que Bolsonaro não consegue mais falar nem entre eles.

Esse é o tom do que o general escreveu nas redes sociais na quinta-feira:

“Hoje, rumamos para o precipício. Assim, é chegada a hora da direita conservadora se organizar para combater a esquerda revolucionária. Necessário é reagir com firmeza, prudência e conhecimento; dentro dos ditames democráticos e constitucionais, para restabelecer o Estado Democrático de Direito no Brasil”.

É guerra declarada à esquerda revolucionária que atraiu para o projeto vermelho de Lula nomes como Geraldo Alckmin, Pérsio Arida, Pedro Malan e outros perigosos economistas, empresários e políticos vermelhos disfarçados de liberais.

Mourão já definiu os atos golpistas na frente dos quartéis como “catarse coletiva”. Uma catarse que tenta viabilizar contatos imediatos com extraterrestres via celular.

O general foi o vice que, para não ter por perto em outras áreas, Bolsonaro empurrou para uma tarefa ingrata. Cuidar, como presidente do Conselho Nacional da Amazônia, de uma região tomada por bandidos miúdos e graúdos.

Fracassou como gestor político das forças que deveriam defender a maior floresta tropical do mundo, mas se elegeu senador vencendo Olívio Dutra.

Não é pouca coisa. Nos últimos dias, Mourão percebeu que Bolsonaro se fragilizou com a derrota. E passou a falar em voz alta.

Não para defender o derrotado, mas para se posicionar melhor, como nome nacional, num espaço tomado por manés regionais e pelo que existe de mais medíocre no golpismo.

Bolsonaro tentará reaparecer num ato público sábado em cerimônia na Aman (Academia Militar das Agulhas Negras), no Rio.

É ali que os patriotas têm se reunido desde a derrota. Bolsonaro voltará cercado de militares e tentará fazer uma aglomeração com muito barulho, para sobreviver até a posse de Lula.

Mas o problema dele agora deixa de ser o combate a Lula e passa a ser a resistência ao avanço de aliados no espaço que ele deixou ao se enclausurar no Alvorada.

Mourão é um concorrente forte ao espólio que Bolsonaro larga na estrada, aparentemente já sem forças para reagir.

O evento de sábado no Rio pode indicar o que ele ainda é capaz de fazer ou pode ser sua performance derradeira.

4 thoughts on “BOLSONARO TOMBA E MOURÃO CORRE PRA SE ADONAR DA TRINCHEIRA

  1. Em 2018, 57 milhões de eleitores o elegeram vice. agora , 2,6 milhões deram à ele passaporte para o senado. Sobrou para 215 milhoes ficar nos próximos 8 anos ouvindo groselha.

  2. O general não parece ter o cacoete político e inteligência mínima para ser mais do que uma figura decorativa nos ambientes de governo. Hoje me parece muito mais uma tartaruga em cima de um poste do que um candidato a ocupar a posição de delinquente mor da república. Ouso a dizer que é mais um capacho do Bozo tentando fazer agora o que o bozo tem medo de fazer. E falando deste jeito, com certeza vai deixar o gado ainda mais confuso, pois eles na maioria tem dificuldade de entender as palavras que ele costuma usar.
    Vai ser só mais um perdido a partir de março, vai estar deslocado dentro do do senado e quando for as ruas vai se sentir ameaçado. Claro que vai berrar e espernear, mas sem muito efeito prático.

  3. O q mais importa, além da posse de Lula, é a Justiça tornar bolsonaro réu em vários processos, com vistas a amarrar uma boa temporada na cadeia.

  4. E pensar que esse miliciano fardado será o senador pelo RS nos próximos 8 anos. Pobre Rio Grande. Chegamos ao fundo do poço.

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