Eles estão cercados. Mas e daí?

Cada vez mais fragilizado, Bolsonaro depõe nessa quarta-feira no inquérito sobre a tentativa de golpe de 8 de janeiro.

Michelle admite que recebeu o segundo estojo com joias da Arábia Saudita, confirmando denúncia de servidora do Planalto e desmentindo o que dizia até aqui de que não sabia de nada.

Nessa quarta-feira, instala-se a CPMI do Golpe, com integrantes do Senado e da Câmara, para saber quem idealizou, planejou, financiou e participou da tentativa de golpe.

Além dos cem terroristas que o Supremo já tornou réus, mais 200 tiveram denúncias acolhidas pelo relator do caso no STF, Alexandre de Moraes e aguardam os votos dos demais ministros.

Ministros do governo aumentaram o tom sobre o envolvimento de generais de Bolsonaro nos atos terroristas de 8 de janeiro.

Propagadores de fake news nas fábricas de mentiras da extrema direita finalmente serão contidos com o projeto de lei que a Câmara irá aprovar.

É dado como certo que, abatido física e psicologicamente, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres deve delatar o esquema golpista do qual participou.

E assim, vai a vida do fascismo, enquanto, em meio ao tiroteio, Sergio Moro ganha uma folga e vê o caso Tacla Duran sair das manchetes.

Nunca antes direita e extrema direita foram tão cercadas por situações que envolvem a política e o sistema de Justiça.

Mas isso quer dizer o quê? Pode dizer que as muitas frentes de desgaste podem finalmente desestrutura os esquemas de defesa do golpismo e do lavajatismo.

E que em algum momento pode acontecer a ruptura que não chega nunca, com o desmoronamento da estrutura fascistas que funciona desde antes do golpe de 2016.

Bolsonaro, os filhos dele, os militares, os milicianos, Sergio Moro, os cúmplices lavajatistas, todos eles terão de se submeter a algum julgamento, ou a democracia terá sido derrotada.

O Brasil está cansado de fascismo, de impunidade e da covardia das instituições que deveriam ter contido o avanço dessa gente.
Mas quem vai nos tirar desse cansaço? A CPMI ou o imponderável de Almeida?

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OS PARAGUAIOS, DE NOVO
Uruguai e Paraguai eram, nos últimos anos, ilhas de calmaria na América do Sul dos golpes e das crises políticas e econômicas.

Poderá sobrar só o Uruguai. Cresce nas pesquisas à eleição de domingo à presidência o extremista Paraguayo Cubas, o Bolsonaro deles.

Na Argentina, o líder nas pesquisas à eleição de outubro é Javier Milei, um deputado fascista também considerado uma imitação de Bolsonaro.

No Brasil, apesar da eleição de Lula, o fascismo bolsonarista se reorganiza, está ativo nas redes sociais e investe nas eleições municipais do ano que vem.

E todos os grandes fascistas que estiveram no poder por quatro anos estão impunes. Só pegaram até agora os fascistas de pequeno porte.

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